Como vão indo as galinhas e as vacas

Iniciamos fevereiro com um dia quase ensolarado. Depois da “Super Lua Azul de Sangue” que só pode ser vista aqui por volta das 2:00h da madrugada, quando afinal o céu ficou limpo, o astro rei, nosso tímido amigo o Sol, resolveu aparecer!

No mês de janeiro tivemos aqui 5 dias sem chuva, então dá pra imaginar como estavam as coisas por aqui. Tudo muiiiito molhado.

No dia 20 de janeiro nasceu o Acácio, filho da Fafá e neto da Miucha. Uma enorme surpresa, ele é um “holandesinho”! Saiu a cara da avó.

Chegada do Acacio

Ainda estamos imaginando o que pode ter acontecido, pois foi feita inseminação artificial e era para o pai ser Jersey, mas o meu vizinho tem um tourinho Holandês. Quem sabe alguém pulou a cerca.

Bem, com todos esses dias de chuva os bezerros acabaram ficam amuados e adoeceram. Por sorte minha filha é veterinária e já tratou os dois. Agora está tudo bem.

Essa é a Amora com 13 dias.

Amora com 13 dias

Infelizmente aqueles ovos que estavam na chocadeira não vingaram. Mas os dois que nasceram se desenvolveram bem.

pintinhos se esquentando

Na falta da mamãe eles deram um jeito de se esquentar.

Mas, como sempre achei que quem sabe cuidar melhor dos filhos são as próprias mães, esperei anoitecer e levei os pequeninos para o galinheiro.

As duas galinhas estavam dormindo juntas e acocoradas sobre os outros pintinhos. Coloquei os dois debaixo delas e depois de um pequeno alvoroço perdi os dois de vista, escondidos sob as asas protetoras das mamães.

pintinhos com a galinha 1

E assim foram readotados com sucesso.

O que mais me chamou a atenção foi que as duas galinhas compartilharam o ninho, os ovos e depois os filhotes. Ao todo nasceram 5 pintinhos dos 10 ovos e as galinhas compartilharam a guarda deles, ora uma cuidando de dois ora cuidando de três. E ai de alguma intrusa que se metesse entre eles!!!!

Tenho um canteiro pertinho da porta da minha cozinha onde pretendia ter uma pequena horta, mas acabou se transformando em um berçário.

canteiro bercario

Escolhi um feijão para cozinhar e o refugo joguei no canteiro. Semana passada colhi o que a chuva não estragou. Algumas poucas vagens que me servirão de semente para o próximo plantio.

feijao escolhido

Tinha guardado também uns poucos grãos de um feijão que colhi aqui em casa já a uns dois anos. Esses grãos estavam em um pequeno altar onde agradeço pelas benesses da vida. Por esses dois anos ficaram ali e não murcharam nem caruncharam e então resolvi plantá-los no meu canteiro-berçário.

Bem, nem todos vingaram, mas o pé que vingou ficou assim

feijao 1

Mas vejam o detalhe de como estava o caule

caule quebrado

Na próxima postagem coloco as belíssimas vagens que se formaram e que pretendo colher em breve.

A natureza me ensina coisas maravilhosas todos os dias e é por isso que não troco essa minha vida por nenhum luxo da cidade.

Feliz Fevereiro a todos!

 

As galinhas da chácara

Aqui na chácara já cheguei a ter mais de 50 galinhas e alguns galos. Em uma noite, há uns dois anos, um cachorro ou raposa entrou no galinheiro e matou 28 aves. Alguns dias depois novo “assalto” e lá se foram mais umas 10.

Como a natureza é pródiga, se não a atrapalhamos, as galinhas que ficaram me deram alguns filhotes e aumentei um pouco o plantel, mas acabei ficando com muitos galos. Esses por sua vez acabaram indo parar na panela.

Hoje tenho 6 galinhas e 1 galo no meu novo galinheiro e o caseiro ficou com mais umas 6 galinhas e uns 2 galos.

Como essas galinhas já estão ficando velhas algumas não estão mais botando, mas ainda não identifiquei quem são elas, então por enquanto elas apenas comem o capim e me fornecem algum esterco.

Da primavera pra cá duas galinhas já chocaram alguns ovos e no momento tenho 11 franguinhos e  5 pintinhos dos quais 2 são de chocadeira.

O que ocorreu é que duas galinhas resolveram compartilharam o mesmo ninho e ovos. Ao todo eram 10 ovos, nasceram 3 pintinhos e sobraram 5 ovos.

 

Esses ovos que foram “abandonados” pelas galinhas eu coloquei na minha chocadeira.

Saíram mais 3 pintinhos mas um não sobreviveu e ainda tenho dois ovos na chocadeira.

Por enquanto vou cuidar dos bebês aqui em casa mesmo e depois que os outros dois ovos eclodirem decido como fazer para introduzi-los no galinheiro e posto aqui o resultado.

 

Bem vindo 2018!

Depois de muito tempo sem postar aqui, estamos de volta.

Foi um tempo de reflexão sobre os rumos a seguir na propriedade.

Em novembro de 2013 anunciei a venda das vacas. Fiquei apenas com a minha Matriarca, a Miucha, que acabou me presenteando com duas filhas, Estrela e Fafá.

A Estrela trouxe a Alegria e a Fafá deve criar nos próximos dias.

Por conta do período seco das “meninas” acabei comprando a Giesta e a Fanny.

É interessante como as coisas se encaminham na nossa vida. Quando tinha muitas vacas nasciam muitos bezerros aqui. Quando resolvi que não ia mais me dedicar ao leite só vi nascerem bezerras!!!

Bem, acho que isso deve significar algo, ou não, mas no fim das contas estou com 6 vacas e uma pequena bezerrinha que nasceu dia 1º de janeiro, filha da Giesta. Veremos o que vai me trazer a Fafá.

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As “madrinhas” da Amora

Amora 1 1 2018

Amora

Assim, a criação de vacas e produção de leite está na lista das atividades da propriedade esse ano.

Em 2015 voltei a participar do CEJARTE, Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paraná. Assumi a secretaria e depois a Tesouraria. O CEJARTE é uma entidade, sem fins lucrativos, que congrega pessoas interessadas em jardinagem, paisagismo e assuntos correlatos. Nos encontramos todas as quartas-feiras à tarde, de março a junho e agosto a novembro, para uma palestra e depois um café. Essa atividade me deixa ocupada por um tempo na semana.

Em junho de 2016 comprei um trator, Massey Fergusson 50 X, velhinho mas muito simpático e em novembro fui fazer um curso de Agrofloresta no Sítio Semente em Brasília . Voltei com muitas idéias que deverão ser implementadas esse ano.

Em meados do ano passado fiz uma cerca delimitando uma área ao redor da nossa casa.

Dei uma nova função para o estábulo original. Agora ele aloja 5 galinhas, 1 galo e 9 pintinhos nascidos aqui mesmo.

Com a nova cerca ficou mais fácil de implantar um pequeno horto (horta e pomar). Estou avaliando onde e como preparar a área.

Os cursos ficaram suspensos, mas estou pensando muito sobre isso e acredito que esse ano eles voltarão.

Captação de água da chuva é um projeto que está em andamento, instalei um fogão a lenha para aquecimento de água que deve ser aprimorado e os sistemas de tratamento de efluentes também está em processo de aprimoramento.

A ideia agora e voltar a postar, se possível semanalmente, para documentar os avanços nos projetos.

Até breve e um Feliz 2018!!

 

JARDINS COMESTÍVEIS

A Chácara Boa Vista promove o curso

Jardins Comestíveis – a Arte de Plantar, Alimentar e Conviver

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O curso itinerante de Jardins Comestíveis – a Arte de Plantar, Alimentar e Conviver – tem como objetivo compartilhar o conhecimento da Engenheira Agrônoma e Paisagista Dalva Sofia Schuch, disseminando os princípios do Paisagismo Produtivo e Agricultura Orgânica, em espaços urbanos e rurais.

Durante dois dias juntos, fazemos adubos orgânicos e construímos o jardim saudável, belo, comestível e medicinal do espaço anfitrião.

Dias 05 e 06 de novembro de 2016 estaremos aprendendo e praticando em, Campo Largo, o espaço anfitrião será a Chácara Boa Vista, da Karen Sprenger!

O curso tem duração de 2 dias, com 18 horas de teoria, prática e toda alimentação inclusa, com ingredientes orgânicos e hospedagem na própria chácara.

Conteúdo teórico e prático – Agricultura Orgânica e Teoria da Trofobiose; Técnicas de Jardinagem e Paisagismo Produtivo; Composteira Urbana; Design Holístico de espaços; Canteiros Elevados – Hugelkultur;

Prática de Compostos Orgânicos Fermentados do tipo “Bokashi” e Silo de Microorganismos Eficientes.

Alimentação – Toda a alimentação é inclusa – 8 refeições (café da manhã, almoço e lanches). Preparadas com alimentos orgânicos, produzidos por agricultores locais; e plantas alimentícias não convencionais (PANCs), espontâneas e cultivadas no espaço anfitrião.

Investimento – R$240,00 (duzentos e quarenta reais)

Solicitamos confirmação até o dia 31 de outubro de 2016, com metade do pagamento adiantado, para que possamos comprar os alimentos com antecedência. O restante é acertado à vista no curso.

Informações e inscrições:

kksprenger@gmail.com

41 9243-9284

ou deixe aqui seu comentário solicitando a ficha de inscrição

Tarde de Conversa com Harri Lorenzi no CEJARTE

O CEJARTE –Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paraná –

promove Tarde de Conversa

com o engenheiro agrônomo e Diretor do Jardim Botânico Plantarum Harri Lorenzi.

Na ocasião ele fará uma demonstração técnica do uso do

aplicativo Jardim Fácil,

com lançamento previsto para 10 de setembro de 2016.

O evento acontece na Sociedade Paranaense de Pediatria,

rua Des, Vieira Cavalcanti, 550 , Curitiba – PR,

dia 24 de agosto, à partir das 16:30h.

O evento é gratuito, mas as vagas são limitadas.

Confirme sua presença pelo e-mail cejarte@yahoo.com.br

ou pelo telefone (41) 9243-9284.

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Cursos em Outubro no CEJARTE

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Curso Varanda, Quintais e mais…

Hortas e Pomares em pequenos e grandes espaços

Data: 07 de outubro a 25 de novembro de 2014.
Horário: Turma A (tarde) – terça-feira – 14:00h às 17:00h,
Turma B (manhã) – terça-feira – 9:00h às 12:00h.
Local: CEJARTE – Rua Marciano Dombeck, 106 – Seminário
Valor: R$ 400,00 (quatrocentos reais)
Inscrições até dia 6/10

Curso de Arranjo Floral – Doméstico

Data:02 e 09 de outubro de 2014.
Horário: quinta-feira – 14:00h às 17:30h,
Local: CEJARTE – Rua Marciano Dombeck, 106 – Seminário
Valor: R$ 100,00 (cem reais)
Inscrições até dia 1/10

Curso de Orquídeas

Data: 16 e 23 de outubro de 2014.
Horário: quinta-feira – 14:00h às 17:30h,
Local: CEJARTE – Rua Marciano Dombeck, 106 – Seminário
Valor: R$ 100,00 (cem reais)
Inscrições até dia 15/10

Para maiores informações entre em contato pelo telefone 3244-6165 das 13:30h às 17:30h ou pelo e-mail cejarte@yahoo.com.br.
Cejarte  – Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paraná.
Rua Marciano Dombeck, 106 – Seminário
Curitiba – PR

Feliz 2014!

Ano Novo, vida nova!

Aqui na chácara tomamos novos rumos e decidimos encerrar o projeto de cursos e visitas.

Foram seis anos muito gratificantes durante os quais pudemos conhecer pessoas muito especiais.

Mas chegou o tempo de nos dedicarmos a implantar alguns projetos importantes para a consolidação da chácara e que estavam “engavetados” a tempos.

Os avanços serão compartilhados aqui e esperamos que possam ser de valia para os interessados.

Desejamos a todos um 2014 com muitas realizações e progresso.

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Vendendo as vaquinhas

O tempo vai passando e as prioridades acabam mudando.

Assim é que, nesse momento, a prioridade aqui na chácara passou a ser a produção de mais hortaliças, grãos e frutas e o leite será exclusivamente para consumo próprio.

Isso implica em diminuir o número de vacas. Hoje são cinco e pretendo ficar apenas com duas.

Se alguém tiver interesse em adquirir alguma delas entre em contato.

Sds,

Karen

fotos para venda

É tempo de Poda!

Quando chega o inverno nos lembramos da poda.

A poda é a supressão de partes da planta (galhos, folhas, flores, frutos, raízes) com uma finalidade definida.

A época indicada para a realização da poda é durante o descanso vegetativo das plantas e isso costuma ocorrer no inverno, de modo geral. Além disso devemos observar a fase da lua mais adequada, que é a minguante.

Em nossa região realizamos a poda na minguante de julho ou agosto. Se em julho for no início do mês deixamos para agosto.

A época vale tanto para ornamentais como plantas de produção.

É importante salientar que algumas espécies de plantas florescem logo no início da primavera, como é o caso dos Ipês e das Azaleias, entre outras. Essas plantas deverão ser podadas somente após o término da floração. A poda de inverno, para elas, suprime as gemas que já estão preparadas para florescer.

Para uma poda bem sucedida devemos ter boas ferramentas e conhecer bem a planta a ser podada.

As tesouras e serrotes devem estar bem afiados e limpos e devem ser adequados ao trabalho.

Sempre que precisar podar uma planta doente lembre-se de eliminar o material retirado e limpar bem a tesoura antes de podar outra planta.

Após a operação da poda devemos afofar e adubar os canteiros ou berços das plantas.

A adubação deve ser preferencialmente orgânica e deve ser feita nos 2/3 externos da projeção da copa.

projeçaõ da copa

Nesse artigo trataremos ad poda das frutíferas.

I. INTRODUÇÃO

As frutíferas podem ser árvores (caqui, maçã, pêra, pêssego, figo), arbustos, trepadeiras (amorinha, videira, kiwi, maracujá) herbáceas (bananeira, abacaxi) e mesmo forrações (morango).

A poda nas frutíferas tem a finalidade de melhorar a produção dos frutos, tanto em qualidade como em quantidade, e principalmente evitar a alternância de produção de um ano para outro.

2. TIPOS DE PODA

As principais podas realizadas nas frutíferas são:

2.1. Poda de Formação: inicia-se no viveiro e continua por um ou dois anos após o plantio. Esta poda definirá o formato da copa da planta.

2.2. Poda de Frutificação: realizada anualmente, visa manter o equilíbrio da produção. Normalmente esta poda é realizada no inverno, podendo ser feita eventualmente no outono ou no verão, porém nestes casos ocorre uma diminuição do vigor da planta. A intensidade dessa poda varia de espécie para espécie e das condições de cada planta (vigor, idade, sistema de condução, etc…). O que se verifica é que normalmente as frutíferas de folha caduca (pessegueiro, videira, macieira, etc…) dependem mais da poda de frutificação para que tenham uma produção adequada.

2.3. Poda de Limpeza: é a poda realizada para retirar os ramos doentes, danificados, voltados para o interior da copa e principalmente os ramos ladrões (brotações do porta enxerto ou os muito vigorosos e verticais da copa), sendo realizada durante todo o ano, sempre que necessário. Em algumas espécies, como os citros, manga, abacate, esta é a principal poda realizada, pois não há necessidade da poda de frutificação propriamente dita. Nesse caso eliminam-se os ramos internos mais sombreados e encurtam-se alguns outros, favorecendo o arejamento e iluminação do interior da copa e promovendo uma melhor brotação das gemas floríferas e uma melhor qualidade dos frutos.

2.4. Poda de Rejuvenescimento: utilizada para renovar completamente a copa de plantas velhas ou que tenham sofrido ataque intenso de pragas ou doenças, e também para alterar a forma de condução da copa.

3. SISTEMAS DE CONDUÇÃO

A forma que daremos às nossas plantas frutíferas será basicamente livre ou apoiada.

Os exemplos da forma apoiada são latada e espaldeira.

Na latada temos o crescimento de um ramo vertical que depois se “espalha” sobre fios de arame horizontais, formando um teto com a vegetação. Eventualmente, no caso das latadas, a incidência de doenças fúngicas é favorecida, sendo assim recomenda-se o uso de latadas descontínuas.

Nas espaldeiras as plantas são conduzidas ao longo de uma “cerca”, o que facilita os tratos culturais, inclusive a poda.

Para as formas apoiadas devemos sempre levar em consideração as condições climáticas do local e observar que em locais mais úmidos é mais indicado o uso de espaldeiras, que assim mesmo devem ter o seu primeiro andar não muito próximo ao solo.

As formas de condução apoiadas são utilizadas em videira, maracujá, kiwi e também em macieiras, pereiras, ameixeiras e pessegueiros.

Quanto ao sistema de condução em forma livre encontramos as seguintes conformações de copa: taça, vaso, líder central e guia modificado.

4. INTENSIDADE DA PODA

Como já foi dito anteriormente a intensidade da poda varia de espécie para espécie e das condições da própria planta, assim sendo precisamos conhecer muito bem os hábitos das plantas a serem podadas, e sempre que houver dúvidas recomenda-se não podar ou fazer uma poda exclusivamente de limpeza.

Existem plantas que frutificam em ramos que se formaram durante o ano, outras que frutificam em ramos com um, dois, três quatro ou mesmo cinco anos, por isso, para cada uma teremos intensidade de poda diferente. Como regra geral podemos dizer que quanto mais jovem for o ramo que frutificará mais intensa será a poda.

Além dessas informações devemos saber que as frutíferas apresentam dois tipo de ramos, os mistos (crescem e frutificam) e os especializados (só frutificam), e algumas espécies apresentam os dois tipos e outras apenas os ramos mistos.

Devemos observar também que podas intensas estimulam a vegetação da planta e às vezes podem atrasar a frutificação.

5. TIPOS DE RAMO:

5.1. Ramos Especializados

Esporões: ramos curtos, com entrenós curtos, dois anos de idade, grossos, com uma gema florífera na ponta.

Dardos: ramos curtos, entrenós curtos, porém não tão grosso como os esporões. É o ramo que precede o esporão.

Brindilos: ramos finos, com entrenós normais, medindo cerca de 20 cm, flexível, com gema florífera na ponta. Podem se ramificar originando dardos ou esporões.

Todos estes ramos praticamente só florescem, e consequentemente frutificam, e quase não apresentam folhas, por isso mesmo devem sempre estar acompanhados de ramos vegetativos que lhes garantirão o alimento para que frutifiquem adequadamente.

5.2. Ramos Mistos

Os ramos misto são aqueles que produzem gemas floríferas e gemas vegetativas.  Eles são os responsáveis pelo bom crescimento da planta bem como pela quantidade adequada de folhas.

Este é o ramo mais importante na hora da poda, pois uma poda mal feita nesses ramos pode induzir a um excesso de vegetação prejudicando a frutificação ou então promover uma frutificação muito grande diminuindo a qualidade da produção e o crescimento da planta.

6. Poda de Algumas Frutíferas

6.1. Maçã e Pera

A macieira e a pereira normalmente são conduzidas em guia modificado. A primeira pernada será a cerca de 80 cm do solo, onde se corta o ramo principal, originando-se os ramos laterais. Os ramos laterais serão em número de quatro, dispostos ao redor do tronco, e deverão ser forçados lateralmente quando tiverem + 20 cm, em plena vegetação. No segundo ano desponta-se em média um terço dos ramos laterais após o início da brotação. O líder sofre desponte à 70 ou 80 cm acima do primeiro corte, criando assim um segundo andar semelhante ao anterior. Faz-se o arqueamento dos ramos do 2o andar e também dos ramos do 1o andar que tenham voltado à posição vertical. Os brotos do meio da copa devem ser eliminados. No terceiro ano podemos formar o 3o andar conforme descrito anteriormente. A partir do 3o ano já se inicia a produção nas macieiras e no 4o ano para as pereiras, diminuindo o crescimento das plantas o que significa que as próximas podas serão mais leves, retirando-se principalmente os ramos verticais, os muito próximos ou entrelaçados.

Com o “esqueleto” da planta formado, devemos cuidar da poda dos esporões . À medida que a árvore se torna adulta os conjuntos de esporões ficam compactos devendo ser desbastados. Deve-se suprimir os esporões voltados para baixo e os mais fracos.

A frutificação da maçã e da pera ocorre em ramos de 1, 2, 3 e até 4 anos.

5.2. Ameixa e Pêssego

Estas duas espécies devem ser conduzidas em forma de taça ou cone invertido, forma que permite que o centro da copa fique livre, possibilitando uma boa aeração e insolação.

Quando temos mudas muito vigorosas, com muitos ramos, faz-se uma poda de rebaixamento para 50 ou 60 cm, eliminando-se totalmente os ramos laterais. Na primavera seguinte surgirá um grande número de brotações laterais. Escolhe-se 4 ou 5 ramos dispostos ao redor do tronco. Estes serão os ramos que sustentarão os novos ramos que irão se formar e onde ocorrerá a frutificação. No 2o ano faz-se o desponte de 1/3 dos quatro ou cinco ramos iniciais, selecionando-se alguns ramos laterais que também deverão ser podados no máximo à 1/3 de seu comprimento. Eliminam-se os ramos voltados para baixo ou para cima. O aspecto dos ramos é o de espinha de peixe, ficando assim bem ensolarados e aerados. A frutificação do pêssego ocorre em ramos de 1 ano e da ameixa em ramos de 2 anos, e ,em ambos, uma única vez em cada ramo, o que significa que devemos realizar podas sistemáticas com formação de novos ramos todos os anos.

6.3. Citros

A poda dos citros é pouco intensa, sendo extremamente importante a poda de formação, onde devem ser eliminadas todas as brotações do porta enxerto e força-se a brotação de 3 ou 4 brotos distribuídos em espiral ao redor da haste central numa altura de 50 a 60 cm. Deve-se evitar que os ramos escolhidos saiam muito próximos . Após o início da produção as poda são leves, retirando-se os galhos debilitados, encostados no chão, doentes e ladrões. Algumas espécies emitem brotações muito vigorosas (Ponkan, Limão Siciliano), devendo-se despontar os ramos na altura média da copa. Outras formam uma copa muito densa, sendo então beneficiadas pelo desbaste dos ramos do centro da copa.

Em pomares velhos pode-se fazer uma poda de rejuvenescimento, mas esta só se justifica para plantas em bom estado sanitário e que tenham um bom sistema radicular.

6.4. Bananeira

Após a implantação das mudas deixamos apenas uma brotação, eliminando as demais. Após 4 ou 5 meses deixa-se sair a 2a muda e aos 10 meses a terceira, assim teremos uma planta com 3 mudas – mãe, filha e neta. Quando a primeira muda produz, ela deve ser cortada e pode-se deixar aparecer mais uma nova brotação.

6.5. Figueira

A condução mais usada para a figueira é na forma de vaso baixo.

À cerca de 30 ou 40 cm do solo escolhem-se 3 ramos que formarão a estrutura da planta. No primeiro ano estes 3 ramos serão podados a 20 cm ou com 2 a 4 gemas cada um. Haverá a brotação de várias gemas. Selecionam-se dois brotos bem colocados. No 2o ano teremos 6 ramos longos que já deverão ter frutificado. Cortam-se esses 6 ramos à 20 cm deixando-se dois brotos em cada ramo, o que nos dará 12 ramos., e eliminando-se os demais ainda jovens. No inverno, antes da brotação faz-se esta poda, até que cheguemos a ter entre 24 e 40 ramos, sendo que quanto maior o número de ramos menores os figos.

6.6. Caquizeiro

A muda terá a haste principal cortada à 50 ou 60 cm do solo, selecionando-se 3 a 4 ramos distribuídos ao redor da haste e distantes cerca de 10 a 20 cm um do outro. Estes ramos serão podados no inverno seguinte a 1/3 ou ½ de seu comprimento. Eliminam-se os que brotarem verticalmente e os muito vigorosos, bem como aqueles que estiverem virados para baixo e os que estiverem se entrelaçando no meio da copa. O raleio dos fruto é obrigatório.

6.7. Videira

Para a videira a poda é indispensável, pois é ela quem equilibra a vegetação e a frutificação.

Podemos verificar três tipos de poda:

Poda curta: deixa-se no máximo 3 gemas por ramo, é indicada para as videiras americanas .

Poda longa: deixa-se entre 5 e 6 gemas por ramo, é indicada para as videiras européias.

Poda mista: a planta recebe poda longa e curta.

A poda é realizada em duas épocas, sendo uma no inverno e outra após a formação completa dos cachos. Para as videiras americanas faz-se principalmente a condução em latada, onde uma única vara cresce verticalmente e depois se espalha sobre o aramado superior. A poda nesse caso geralmente é a mista. Para as variedades viníferas indica-se o uso do sistema de condução em espaldeira, ou seja, instalam-se as plantas em “cercas” com 3 a 4 fios de arame. Este sistema facilita os tratos culturais. Verifica-se  que o sistema de latada pode eventualmente induzir a disseminação de doenças fúngicas, mas a produção costuma ser maior que a obtida em plantas conduzidas em espaldeira.

7. RALEIO DE FRUTOS

Para garantir uma boa produção sem alternância devemos realizar o raleio dos frutos, que também é uma poda, e vale praticamente para todas as frutíferas. Este raleio deve ser realizado de cima para baixo, deixando-se os frutos mais bem formados e mais sadios, eliminando-se preferencialmente os frutos do interior da copa. Para os pessegueiros deve-se deixar os frutos voltados para baixo e mais próximos de ramos maiores. Para o raleio, de qualquer espécie, os frutos devem ter cerca de 1 a 2 cm de diâmetro. A quantidade de frutos que permanecem é variável, sendo regra geral não deixar nenhum fruto em plantas com menos de dois anos. Recomenda-se o raleio para todas as plantas com muita carga ou plantas muitos jovens, pois a manutenção de muitos frutos pode ocasionar a quebra de galhos, baixo rendimento médio ao longo dos anos, diminuição do vigor da planta, e até a morte prematura da planta. Com o raleio correto garante-se uma boa produção, com qualidade e principalmente durante muito tempo.